quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Omegle

Essa semana fui apresentada ao website que coloca aleatoriamente anônimos em uma mesma janela para conversarem via chat. O site foi criado por um norte-americano de 18 anos, Leif K-Brooks, que mora em Brattleboro, Vermont, Estados Unidos. O Omegle começou a funcionar no dia 25 de Março de 2009 e tem o inglês como idioma oficial. Os nicks obrigatórios usados na conversa são You e Stranger, termo também empregado na descrição: talk to strangers. Internautas de todo o mundo se comunicam, mas são os chineses, suecos, holandeses, americanos e ingleses que dominam a página, segundo experiências e relatos de usuários da rede.
A princípio tentei usar como desculpa a regra de todas as mamães: “blá blá blá, e não converse com estranhos” para convencer meu colega de que não estava interessada na “novidade”. Mas não deu certo.
Strat a chat: Text or Video
Claro que eu não quis colocar meu rostinho lindo na rede, né?
De primeira me deparei com uma garota do Hawaii mais porra louca do que vilão de Malhação ID (hein?). Sério, dispirocadinha de tudo. Só não conversei com ela por muito tempo porque no meio da conversa descobri quase que sem querer o comando de Disconnect. Tadinha, mais tarde aprendi que receber um Disconnect era uma verdadeira vergonha.
Depois disso, um canadense e um japonês. E do último confesso que tive um certo medo, fiquei pensando se ele não podia burlar o sistema americano e obter todas as minhas informações, que sequer são necessárias para utilizar o site. Mas sabe como é né, ele era um japa, sei lá...
O canadense entra para o grupo formado por dois ingleses que me fizeram sentir na pele a afronta pela qual eu fiz passar a colega do Hawaii. Por três vezes eu tive que enfrentar a mensagem “Your conversational partner has disconnected”. Isso pode ser traumático na vida de um internauta!
Mas o intrigante mesmo é o fato de que nas três situações o temível Disconnect foi precedido pela minha confissão: I’m Brazilian. E aí eu fui entender porque os brasucas que dominam orkut, twitter e coisas do tipo, não estão nas estatísticas de usuários mais assíduos do site. Na hora eu pensei: “ahh, seu Lula, e você viajando para dar um up na imagem do Brasilzão lá fora”. Também fiquei imaginando as mães na gringolândia dizendo: don’t talk to strangers, especially brazilians!!! Eles devem obecer as mothers né? Quem mandou eu não obedecer a minha...
Pra quem quiser tentar: http://www.omegle.com/. Só tomem cuidado ao falar de coisas que denuciem sua identidade, como futebol, samba, mulata e do seu macaquinho de estimação – até porque você, assim como eu, tem um e não quer que um japoronga qualquer o sequetre via chat, né?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Intro

Sempre tem algo escondido na gente.
Seja uma qualidade, um defeito, um segredo, ou uns quilinhos a mais.
Mas que tem, tem.
O f(ch)ato é que ultimamente só tenho me deparado com velhas novidades.
Daí a necessidade de reinventá-las.
Será?

domingo, 17 de outubro de 2010

Mudar foi preciso

Estive pensando na lacuna que há entre meu último blog e esse. Quando Minutismo nasceu, eu sabia que não podia adotar o mesmo nome de sempre. Percebi que “Invisível aos Ouvidos” não servia mais, a frase que durante muito tempo eu sentia ser a melhor das minhas auto-descrições simplesmente não encaixaria agora. Os blogs de antes tinham em seguida do impacto que o título causava (pelo menos a mim) a seguinte descrição: expresse-se. se necessário, use a voz. E será que dá para calcular a distância que existe entre essa frase e a ‘mania de minuciar’? Podia ser a maior contrariedade de todas, e seria, se entre a última postagem de Invisível aos Ouvidos e a criação de Minutismo, eu não tivesse mudado tanto.

Obrigada, meu companheiro, mas o tempo passou e você já não me cabe mais: http://pitacoserascunhos.wordpress.com/

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

13 de Outubro: Dia do Fisioterapeuta

Para todos aqueles que buscam, através da ciência, manter a vida em movimento: parabéns!

Eu poderia deter-me a falar aqui do surgimento, da regulamentação, do conselho, da lei, da norma. Mas, sem ignorar a enorme importância da história e da prática legal da profissão, prefiro deter-me a falar do que faz de mim alguém a festejar a data.
Ser fisioterapeuta nunca havia sido um sonho, um plano, um projeto de vida. A fisioterapia apareceu como uma daquelas surpresas do acaso. Mais do que uma surpresa, um presente. Não recebido com bons olhos, a princípio, mas com uma mente aberta à novidade. É como se tivesse dado uma chance ao acaso... Quanta ignorância! Hoje sei que foi o acaso quem me presenteou. Bastou a mente aberta para entender a grandeza de toda essa enxurrada de conhecimento que tenho recebido diariamente nos últimos dois anos, foi mais do que suficiente um coração sedento para se apaixonar.
O Ser Fisioterapeuta é promovedor de qualidade de vida. É focado na saúde, não na doença. O Fisioterapeuta é movimento, função, amplitude, terapia, reabilitação, sinergismos e antagonismos, anatomia, avaliação, reavaliação, forame, origem, inserção, tubérculos e tuberosidades, desordem, disfunção, harmonia, controle, manipulação, estímulo, reflexo, recuperação, contração, concêntrica, excêntrica, fibras, cadência, mobilização, comportas, analgesia, crio, termo, ritmo, marcha, alongamento, fortalecimento, flexibilidade, dominância, biomecânica, sinapse, mais de 600 músculos, mais de 200 ossos, e mais, mais, muito mais. O Ser Fisioterapeuta é sensível, aberto, atento, observador, zeloso. É um toque preciso, ou muitas vezes um ouvido. É um ser que vê, sim, com os olhos, mas que enxerga com as mãos.
Ser fisioterapeuta é conhecer a fundo sua anatomia, e assim, não poder ser outra coisa além de Ser Humano – nas duas conotações. Quem conhece tanto de corpo, sabe que somos todos iguais. E por isso, o fisioterapeuta não é um ser divino, ao contrário, ele é humano, muito humano. E é isso que o move.

Sei que o caminho ainda nem começou, que a prática em muito se difere da teoria, que o principal, o contato com a diversidade de pacientes, ainda não chegou, mas eu aguardo ansiosamente. E enquanto essa hora não chega, vou dividindo a tensão antes das cabulosas provas e dos desesperadores interdisciplinares, com aquelas sem as quais a minha formação não seria a mesma: Gabi, Jequinha, Lah e Luh. Parabéns pra nós, amorzinhos!!!

domingo, 10 de outubro de 2010

O mal do meu bem

Desculpe-me, meu bem
Se eu já não sei
Se eu já não posso
Nem sequer, cumprir promessas

Desculpe-me, meu bem
Se lhe faltei com a palavra
E as atitudes de antes
Em muito se diferem dessas

Desculpe-me, meu bem
Se o nosso enlace enfraqueceu
Se a saudade sufocou
Se o meu lado já não é seu
E se, de longe, a distância ludibriou

Desculpe-me, meu bem
Se puder, se lembrar
Que não era esse o nosso plano
Que nada dito era engano
Nós só não soubemos sustentar

Desculpe-me, meu bem
Se as promessas foram feitas
De um alguém para outro quem
Que nós já não sabemos ser

Desculpe-me, meu bem
Se a maior verdade não vigorou
Se o maior sonho desgastou
E se de pobre a pobre rima até rimou

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

+1 = 19.636.335

A Onda Verde que invadiu o país, com destaque para o Distrito Federal e as capitais do ES e de MG, adia a decisão presidencial para o próximo dia 31. Não devia ser isso que Lula esperava quando sorriu e agradeceu Papai Noel ao saber da escolha do PSDB por Serra. E sendo conquista de Serra, ou não, os brasileiros terão mais tempo para suas análises e sua escolha final.
Neste quadro de segundo turno, as atenções parecem estar voltadas para a direção do apoio do PV. Em pronunciamento na noite deste domingo em São Paulo, Marina pediu que o partido fizesse uma plenária que incorpore, além dos militantes, "os núcleos vivos da sociedade". Segundo João Paulo Capobianco, há intelectuais e apoiadores de diferentes ramos que participaram ativamente da campanha e poderão ajudar a definir para quem será passado esse patrimônio conquistado pela Marina.
Mas embora o apoio do Verde para um dos candidatos finalistas seja um trunfo na manga, deve-se lembrar que os quase vinte milhões de eleitores que agora representam potencialmente a decisão, não foram levados, no primeiro turno, por coligações, e sim por uma terceira via na qual depositaram expectativas, e não acredito que serão agora. Eduardo Rombauer, fundador do Movimento Marina Silva, gerador do Twittaço e da Casa de Marina, descarta a possibilidade de declarar apoio a alguém. “Nós não temos que dizer em quem os membros vão votar, cada um é livre para escolher”, afirma. “Nesta semana nós já começamos outra campanha: Marina Silva presidente em 2014”.
Se, comparando às pesquisas, caiu a representatividade de Dilma e aumentou a de Marina, podemos dizer que houve um deslocamento de eleitores entre as candidatas? Se houve, qual caminho tomarão esses eleitores? Voltarão para onde estavam ou tomarão mais uma vez um novo caminho? Ou será que essa majoritariedade de Dilma não era tão real, e os eleitores que Marina arrebanhou na reta final, na verdade, nunca foram do 13?
O fato é que nem Dilma Rousseff nem José Serra, têm o perfil parecido com o de Marina Silva, e os marqueteiros terão trabalho de sobra se quiserem convencer os "marineiros" do contrário. Serra e Dilma terão que adequarem-se a um padrão mais jovem e mais sedento de renovação.
Sede de renovação foi o que mais me motivou a falar de política nessa campanha, saber que ainda há brasileiro capaz de acreditar e depositar suas forças mesmo depois de tanta frustração com o entra e sai de representantes corruptos. Porque não basta deixar "ficar como está já que não pode piorar" e chamar isso de protesto, apesar de toda a apatia da população, essa eleição mostrou ter gente que ainda acredita em mudança, um povo que de um em um tornou-se um quinto do eleitorado brasileiro.



Som da vez: Jack soul brasileiro - Lenine