domingo, 10 de outubro de 2010

O mal do meu bem

Desculpe-me, meu bem
Se eu já não sei
Se eu já não posso
Nem sequer, cumprir promessas

Desculpe-me, meu bem
Se lhe faltei com a palavra
E as atitudes de antes
Em muito se diferem dessas

Desculpe-me, meu bem
Se o nosso enlace enfraqueceu
Se a saudade sufocou
Se o meu lado já não é seu
E se, de longe, a distância ludibriou

Desculpe-me, meu bem
Se puder, se lembrar
Que não era esse o nosso plano
Que nada dito era engano
Nós só não soubemos sustentar

Desculpe-me, meu bem
Se as promessas foram feitas
De um alguém para outro quem
Que nós já não sabemos ser

Desculpe-me, meu bem
Se a maior verdade não vigorou
Se o maior sonho desgastou
E se de pobre a pobre rima até rimou

Um comentário:

Alex Gabriel disse...

Meu Deus. Maravilhoso! Não sabia que você é poeta! Lindo. Acho que ele até desculparia. kkk.