quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

2010 anos depois...

- Oh não, não! 
- O que foi? O que aconteceu? 
- São elas! Elas são assutadoras! Estão me perseguindo!
- Coitado, está tendo alucinações... Tsc, tsc, tsc. 
- Isso não é nenhuma alucinação! Elas estão por toda parte, as temíveis Caixinhas de Natal!


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Salmodiar

Quando o sol parece se esconder
E a música não se faz escutar,
Correm as lágrimas
E o medo avança

Mas lembro-me
Que estás comigo
E se Te busco
A força renasce em mim

Então uma luz,
Brilha mais forte que o sol
E uma nova canção,
Surge em meus lábios

Tu estás aqui
E não há o que temer

Confio em Ti
E te entrego os meus planos,
Porque Teu é o amanhã

Vou deitar no Teu abraço
E nele descansar,
Porque aqui é o meu lugar

Nada nesse mundo
Me faz mais feliz
Do que estar em Ti...



Som da Vez: Oficina G3 - O Tempo

domingo, 19 de dezembro de 2010

Vou virar de salmão!

Caso você ainda não tenha reparado, é final de ano! Isso mesmo, aquela época em que todos são felizes, amorosos, educados, solidários e gentis. Uma época de ironizar qualquer filho de Deus. Aliás, O Filho de Deus sofre com essa, né? Todo mundo lembra dele em Dezembro. Afinal de contas, jingle bells jingle bells, é Natal! 

E esse ano eu resolvi que iria gostar de Natal... Incentivei minha mãe a enfeitar a casa, participei do amigo-oculto do trabalho e dei crédito à brincadeira na casa do vovô, fui ao Centro do Caos da Cidade comprar as premiações de tradição na casa do outro vô e prometi que iria prestigiar a decoração da Praça da Liberdade. Mas, como a maioria dos brasileiros, deixei para comprar os presentes na última hora (ou seja, ainda não comprei) e sendo assim, não tenho a menor chance de gostar do Natal já que terei que enfrentar o apogeu do consumo na minha primeira semana de férias.

Por tudo isso, resolvi não deixar para a última hora o principal do Revéillon: a escolha da roupa. Embora tenha amigas que me matariam por ainda não saber o que vestirei no último dia de 2010 e no primeiro de 2011, pra mim começar a pensar nisso agora é estar adiantada.

Então vamos lá escolher a cor da roupa... Não, não é qualquer cor de roupa, é a cor da roupa da virada! E isso significa escolher o que eu quero para todo o ano. Tenho uma amiga que diz que não dá pra sair de arco-íris e querer que todas as cores estejam presentes no ano que inicia... Tem que escolher uma e focar naquilo! Afinal, ninguém pode ter amor, paixão, paz, esperança e dinheiro ao mesmo tempo, isso seria humanamente impossível.

De acordo com o que minha péssima memória permitiu, a cor branca foi a que mais usei ao longo de todos os 31 de Dezembro que já vivi. Acho que não deu certo, né? Até porque eu vivo no Brasil.

Não me lembro de já ter virado de vermelho ou rosa, acho uma escolha infeliz. Se você é solteira e escolhe uma dessas cores para usar no revéillon, procure detectar rápido o grupinho mais numeroso de mulheres e permanecer lá durante toda a madrugada, não se ausente em hipótese alguma. A menos que você queira dá-las a oportunidade de falar sobre seu frustrante ano amoroso - “tadinha, não deu sorte, só furada... tomara que a roupa traga um pouco mais de sorte ano que vem”. Já se você é casada ou tem algum tipo de relacionamento estável, avise seu companheiro para detectar a rodinha dos homens porque ele será o alvo das línguas felinas amigas - “tem gente que não tá dando conta do recado, é muita areia pro caminhãozinho dele mesmo”.

Levando em conta de que é uma cor que eu gosto, já devo ter virado na cor da esperança. Pode até ter dado certo, eu não sou das pessoas mais pessimistas... Nem das mais irônicas.

E não, eu não uso amarelo, só de quatro em quatro anos quando tem Copa e torno-me patriota. Vai ver é por isso que sou pobre, só por isso, não tem nada a ver com o detalhe de ser estagiária da área da saúde.

Depois de muito pensar sobre essa importantíssima questão e de querer sair como um carro alegórico para encher meu ano de todas essas coisa, decidi: eu vou virar de salmão! É, isso mesmo, a cor da cor do peixe, a cor da moda, a cor do verão 2011! Vou virar o ano fashion!

Não é que eu tenha desistido de querer dinheiro, amor, paz, esperança ou paixão... É que eu quero tudo! E o melhor jeito de achar que isso é possível é não escolher uma coisa só. Assim, não vou achar que deu errado o amarelo quando chegar a fatura do cartão de crédito ou que não vingou o verde quando estiver de TPM. Se você resolve virar de vermelho e fica em casa sozinha no primeiro sábado de Janeiro, acha que seu mundo caiu, que nada vai dar certo, que o universo conspira contra você, que o vermelho foi a sua pior escolha. Mas se, por exemplo, você virar de roxo, só vai sentir-se a mais azarada das criaturas se tiver que frequentar muitos velórios durante o ano.

Enfim, posso até comer lentilha tentando equilibrar em um pé só ou pular ondinhas (quer dizer, não posso, não vou à praia), mas que vou virar de salmão, isso eu vou!

P.S.: se alguém é especialista em alguma ciência das cores e conhece um significado para a minha cor eleita, por favor, não estrague minha festa e meu otimismo, não me conte! Ou eu serei obrigada a te contar que estamos no horário de verão e que a simbologia de passar a meia-noite não tem o menor sentido.

Ah! Boas festas, amiguinhos!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Nem senhor da própria história

Enquanto o sol morria por entre as frestas da madeira velha da porta e a garotinha por trás do balcão parecia velá-lo, entrou um rapaz sisudo e de calças rasgadas à altura dos joelhos. Estava com o chapéu nas mãos, os óculos na camisa e os olhos no chão, parecia que nada nele pertencia ao devido lugar e que o mesmo não pertencia a lugar algum. Deixou escorregar a mochila até que chegasse ao assoalho e indagou: a senhorita teria algum jornal?
- Oi?
- Um jornal, não precisa ser recente, de qualquer data serve.
- Jornal?
- Isso mesmo. Ou alguma revista.
- Ora essa! E o que é que o moço vai fazê com um jornal?! Ocê não me parece doutô, vestido assim...
- Veja bem, você pode me trazer um copo d'água. Depois veja algo para eu comer, algum quarto e uma toalha. Mas primeiro, eu gostaria que me trouxesse apenas um jornal.
- Óh, jornal num tem, nem novo, nem véio... Mas se o sinhô quisé a água tá'qui e a comida alguém já te traz qu'eu já vou ajeitar um quarto.
O rapaz pegou o copo e bebeu o líquido sem gosto a contragosto. A garota subia as escadas que rangiam a cada degrau sem se conformar com tamanha burrice, afinal...
- O que que um homem nesse estado pode querer com um jornal que nem precisa ser do dia? Primeiro achei que era moço de pouca idade, mas com aquela cara fechada e essa mania de me apurrinhá por causa de um jornal, bom é tratá como sinhô...
- Ê, minina! Já disse pra pará com isso de ficá bisbilhotanu a vida dos cliente!
- Ar, Dona Tereza, nunca vi isso, homi esquisito!
- O que é que tem? É moço novo, eu vi nos olho dele, mas nada de si'ngraçá!
A senhora desceu para levar sustento ao sujeito que causava rebuliços na cabeça da afilhada. Ele comeu afoito, agradeceu e foi logo dizendo:
- A senhora desculpe o mau jeito, mas preciso de um banho e uma cama.
Assim, foi subindo as escadas apoiando-se nas paredes porque já não havia força nas pernas. Quando enfim alcançou o quarto, notou que a garota curiosa saíra com demasiada pressa ao notar que se aproximava.
- Espere aí! Você... Vocês não teriam um rádio aqui?
Ela deu de ombros e murmurou alguma coisa enquanto saía.
Ele apoiou-se na cama com extremo cuidado a fim de assentar e disse sem saber se sua ouvinte estava ali para ouvir:
- É que às vezes menina, a gente passa tanto tempo correndo atrás do nosso destino que nem se dá conta do que aconteceu no caminho. E passa a procurar um jeito de saber o que foi quando a gente não foi. Posso lhe dizer que há tempo tenho andado por aí, correndo atrás de nem sei o quê, e não sou moço, nunca fui. Não fui o mocinho da estória, nem nunca serei o "sinhô" dela...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Entre aspas: Fernando Pessoa

"Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida

E outra que é pensada,

E a única vida que temos

É essa que é dividida

Entre a verdadeira e a errada".





P.S.: se tivesse feito essa leitura ontem, teria polpado o blog da última postagem...

Som da Vez: Adele - Chasing Pavements

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

...

São dias que você sente que a vida está seguindo seu rumo enquanto você está aí vendo tudo passar sem voltar nunca mais. E você sente que está sendo atropelado pelas horas, que elas estão passando por você. E passando, é passado. Você acha que é futuro, mas a verdade é que você é passado. Sentindo que é tudo provisório, que sua vida é provisória, achando que nada disso aí te pertence e que você só precisa ficar administrando para que não aconteça nenhuma catástrofe, mas que atitudes maiores e mais nobres são desnecessárias porque acha que tudo isso não pertence a você, que a sua vida real um dia vai chegar e repousar sob seu colo assentado no sofá. E enquanto você sonha com a sua vida real, a sua vida de imaginação passa sem que você nem perceba. Passa por você, passa do seu lado, passa na sua cara, passa em cima de você, e te esmaga! Mas você nem liga, você não se liga a nada daquilo, não é seu, né? E quer saber, talvez nem seja mesmo! Talvez você esteja aí só para ocupar o lugar de outra pessoa, seu impostor! E aquele texto que você escreveu um dia e guardou, aquele mesmo que você só reencontrou agora, e que exatamanete agora você leu e releu milhares de vezes, aquele que hoje você sequer pode publicar no seu próprio blog, foi o melhor retrato dos últimos meses da sua vida e ainda é. E a vida que você sonha, esperando que seja a sua vida real, é a vida que esse texto poderia ter te dado se tivesse sido enviado e conseguido transformar alguma coisa. Mas você nunca enviou, você nunca mostrou, você deixou que as coisas acontecessem por elas mesmas. E agora você está aí, escrevendo um texto que ninguém vai entender, muito menos gostar de ler. Escrvendo um texto sem a mínima poesia, sem o menor cuidado com a língua, um texto horroroso. Enquanto aquele escrito lindo, talvez o melhor que você já tenha feito, recheado de amor, de arte e de potencial para transformar a vida do seu leitor, voltará para gaveta quando você cansar de lê-lo, ou quem sabe não acabe amassado no lixo, seu lixo. Você deu a sua vida pela vida relatada ali. E no final, ficou sem as duas. Você é mesmo um imbecíl.

domingo, 28 de novembro de 2010

Pra gente reinventar

Poderia ter sido avassalador, mas foi assim aos poucos e demorado. E agora, que seja ainda delicado, mas que deixe de lado a demora... Pois a gente tem muito o que viver.

Faça-me morrer de rir e de raiva de você, com suas piadas e indiretas. Porque eu sei que você adora quando eu começo a retrucar.

Continue a me contar todas as suas coisas que me fazem gargalhar. Mas saiba que tenho adorado ver você falando sério, feito homem.

Reconheça sempre em mim um porto, que eu gosto de cuidar de você, feito criança.

E quando for eu que estiver pra baixo, ou brava e chata... Respeite e deixe-me sozinha, só volte quando eu chamar. E não me obedeça sempre, eu também gosto de ser contrariada. Então fique comigo mesmo quando eu estiver assim, combinado?

Não me trate só como sua menininha, mas não se esqueça das minhas meninices.

Tenho vida própria. Então, me faça sentir saudades. Mas volte correndo dessa cidade, quando eu disser que quero você.

Não me deixe importar mais como os outros do que com a gente. E lembre-me que os detalhes a gente vê depois, se calhar.

Ocupe um papel que é seu, que ninguém mais preenche e o reinvente muitas vezes.

Mas se nada disso funcionar, continue a fazer exatamente como está... E saiba que eu sempre reverenciarei tudo em você. Pode ser que agora com outros olhos, mas com o mesmo coração...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Revela-se

Será você ainda capaz de perceber,
A linha tênue e fugaz que existe,
O faz de conta que persiste,
Entre aquilo que é e que finge ser?

O estandarte até onde irá suster?
A vida é refugo pra quem insiste,
Exibir um roteiro que nunca cumpriste,
E carrega apenas para se envaidecer;

E se há alguma verdade a proclamar,
Grito: as máscaras nem sempre caem,
Às vezes é preciso arrancar;

Se você, gauche, tanto tempo delongar,
Da cara lavada e relavada nunca mais saem,
E seu papelzinho fuleiro vai então enraizar!



Som da Vez: Encontro - Maria Gadú

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Maior valor não há!

Dois anos e meio foi o tempo que a Justiça Federal do Rio condenou à reclusão o ex-governador Anthony Garotinho. Há dois anos e meio foi inaugurada a TV Digital no Brasil. Dois anos e meio é o tempo que Felipão acertou com o Palmeiras, quando voltou ao clube em Junho. Com dois anos e meio uma criança já é capaz de manipular objetos com mais precisão, como segurar um lápis de cor para desenhar ou uma colher para comer sozinha.

Dois anos e meio... Quanta coisa não dá pra fazer nesse tempo! Namorar, viajar, trabalhar, aprender um idioma, fazer um curso de informática, sei lá, tanta coisa, dá para desenvolver uma hipertrofia de masseter, dá para saber que a epidemiologia da SIO atinge 18% da população adulta, que a pós-carga está relacionada à RPT e que a lesão no nervo óptico leva ao estrabismo divergente e à ptose palpebral.

Há dois anos e meio eu não saberia dizer a inserção do peitoral maior, suprespinhal, infraespinhal e redondo menor. Dois anos e meio... Tempo suficiente para conhecer pessoas, aproximar-se, criar um vínculo, apaixonar-se e não imaginar seus próximos dois anos e meio sem elas... E mais dois e meio, mais dois e meio (...) e mais quantos dois anos e meio vierem pela frente!


Posso ter me unido a vocês através das coincidências no caminho que nos trouxe até o curso (não é mesmo, Jequinha?). Na mesma mesa de anatomia (lembra do pêndulo né, Lah?). Pela oposição dos nossos times (Gabi, minha cruzeirense!). Ou, linda e simplesmente, porque a vida quis que estivéssemos juntas (afinal de contas, Luh, aposto que você não seria tão feliz como administradora e nem eu como farmacêutica). Eu sei que já disse isso aqui no blog, mas como explicar que a minha ambição era farmácia, a minha vaga era de fonoaudiologia, havia a opção de enfermagem, mas que é na fisioterapia onde sou tão completa?
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Com certeza não foi lendo “Em busca pela felicidade” ou “Aprendendo a morrer” que me tornei uma pessoa melhor. Não foi assistindo as aulas de bioquímica no último horário das sextas-feiras ou diferenciando estruturas cor-de-rosa, rosa bebê, rosa pink, lilás, roxa e demais variações dos tons no microscópio, que vivi dias tão alegres... Não foi sorteando Ondas Curtas na prova decisiva de RTF que me senti uma pessoa de sorte, não mesmo!

Mas são dias como o de hoje que vivo com alegria e percebo que sou uma pessoa de muita sorte por ter vocês perto de mim.

São dias como o de hoje que me tornam uma pessoa melhor. Afinal de contas, amizade como a de vocês transforma a vida de uma pessoa. Aprendi muito até aqui, aprendi tanto que hoje eu já até sei a inserção daqueles músculos citados lá em cima. Quantas patologias e terapias eu já aprendi. Quanto eu aprendi com vocês! Vai além da ciência do movimento... Aprendi que a gente deve deixar que as pessoas nos mostrem o que elas têm de bom, que não precisamos nos fechar às situações novas, que personalidades diferentes das nossas nos fazem crescer... E com vocês cresci tanto, ainda que não tenha aumentado a liberação de GH, mas cresci em carinho, amizade, admiração, respeito, companheirismo, amor.

Obrigada, do fundo do meu órgão propulsor sanguíneo constituído por músculo estriado cardíaco, por fazerem parte da minha vida e troná-la mais bonita. E se alguém disser que não existe amizade verdadeira na universidade: eu truco!

Ah! Como eu ia dizendo, o peitoral maior, o infra, o supra e o redondo menor, têm origens diferentes mas todos inserem no tubérculo maior do úmero, juntos, os quatro.
Assim como é a inserção de vocês no pra sempre do meu amor, juntas, as quatro! Envolvidas pelo epimísio do carinho, o perimísio da amizade e o endomísio do infinito.
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Obs.1: curte o sonzinho aí também, Gabi!
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Obs.2: o truco é nosso, Jequinhaa!
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Obs.3: se semestre que vem seguir esse ritmo, nosso IMC vai pra 40! E aí, Lah, O JEITO ÉÉÉÉ jogar box no wii!
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Obs.4: "tamo" de fériaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas!
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Obs.5: tá, Luh, tá bom, eu sei que ainda tenho que tirar 1 na prova de MDH! Humpf.

domingo, 21 de novembro de 2010

'Ah, se eu fosse marinheiro!'




.......................................... .........................................eu
........................................... ........................................queria
........................................................... ........................construir

....................................................................................um presente
....................................................................................
pra você
eu
eu
eu
eu
eu
eu
eu
faria com todo cuidado. e quando você já
estivesse a bordo, navegaria nas águas
salgadas do mar de lágrimas
derramadas quando
saudosa estou
da gente

assim o vento te traria aqui
pra perto de mim
e quando você chegasse acabariam as lágrimas
não restando mar para uma viagem de volta

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sobre a ironia de viver livremente

Em uma sociedade em que até o ar é condicionado


Não fume e procure não respirar profundamente quando houver um fumante próximo, a passividade é ainda pior pois você fumará sem filtro. Pratique trinta minutos de exercícios aeróbicos, ao menos três vezes por semana. O ciclismo é uma boa opção. Mas muito cuidado ao trafegar de bicicleta pelas ruas, onde atropelamentos e furtos são bastante comuns. Lembre-se de alongar todos os músculos antes e depois das atividades físicas. Não exagere no começo. Nem no final. Caminhe sempre com um calçado de solado adequado. Faça um chek-up clínico e outro funcional antes de iniciar atividades físicas. Respire.
Durma oito horas por noite. Não automedique. Tome vitaminas regularmente, assim como antioxidantes, estimulantes naturais, antiácidos, pílulas de colágeno, óleos essenciais e vermífugos. Respire, sempre respire.
Escove os dentes três vezes ao dia, após ou anteriormente ao uso do fio dental. Limpar a língua com um objeto projetado para a nobre função também é recomendado. Visite o dentista semestralmente. Muito cuidado na higiene dos ouvidos. Cotonetes não devem ser inseridos no duto auditivo. Lave o rosto com um sabonete não-oleoso. Use um filtro solar dermatologicamente testado, mesmo nos dias nublados. E não se esqueça dos óculos escuros como proteção contra raios ultravioleta. A cada seis meses, visite um dermatologista para averiguar o surgimento de manchar na pele. Corte as unhas de forma reta, a fim de evitar encravamentos. Não tire as cutículas, apenas empurre. Respire.
Use sempre preservativos e tenha um único parceiro sexual. Converse sobre o sexo e procure a satisfação mútua. Higienize as partes íntimas antes e depois das relações. Respire de novo.
Tenha uma alimentação balanceada. Coma fibras, frutas e proteínas. Ameixas passas pela manhã, chá branco à tarde e castanhas do Pará após o jantar. Ingira quantidades moderadas de carne vermelha e laticínios. Não coma açúcar, sal em excesso ou pimenta do reino. Evite aditivos químicos, gorduras, frituras, embutidos, queijos amarelos e tudo o mais que lhe apetecer. Prefira alimentos integrais. Mastigue quarenta vezes antes de engolir. Beba água. Ao menos oito copos por dia, mas não de uma vez, o que pode ser perigosíssimo. Não beba álcool. Beba ao menos uma taça de vinho tinto antes do jantar. Não coma ovo em hipótese alguma, ou coma ao menos três vezes por semana. Não iniba seus reflexos de defecação. Visite um nutricionista regularmente. Respire.
Trabalhe pouco. Não se estresse. Não passe muito tempo sentado, em pé, deitado ou agachado. Não assista muita televisão, não escute música alta, não use - em hipótese alguma - fones de ouvido, e não passe mais de trinta minutos seguidos diante do computador. Pisque, pisque, pisque. Pingue nos olhos gostas umidificantes.
Coloque os músculos diafragma e intercostais externos para trabalhar, inspire. E expire passivamente relaxando o diafragma ou ativamente contraindo os intercostais internos.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pra você me perdoar

Há pessoas que são corpo, há as que são pura alma e as que são só espírito.

Porém há aquelas que são corpo, alma, espírito, tudo junto e elevado à décima potência. Essas são força da natureza, estrondo, frequência em mega hertz, velocidade máxima. São intensas.

E é diante de toda essa intensidade que me bifurco. As pessoas intensas me deixam dois caminhos: ou não me detêm por segundo algum ou me tomam por completo.

É difícil e raro acontecer, geralmente, a intensidade me é cansativa, me desanima, mas há quem consiga me fazer não desviar. Por não serem muitas, são ainda mais incomparáveis.

E tentando entender a razão da divergência, busco conclusões... Para aquelas as quais não volto a atenção, concluí com certa facilidade: talvez, por eu ainda ser movida à pilha e não à bateria, não dê muita conta desse tipo de gente - que é gente, que é fogo. Mas sobre aquelas que são tão fogo a ponto de queimar meus paradigmas e fazer que eu dedique-me a elas com a absoluta precisão que exigem, não consigo explicar o porquê.

Talvez, sei lá, haja algum deus pai da psicologia que um dia me dê resposta sobre essa minha subordinada condição - de amante de um amor incompreensível. Ou talvez não, talvez nunca entenda, só tenha que aceitar.

Aceitar (e é com orgulho que aceito) e fazer todas as vontades desses 'seres superiores'. Mesmo que tenham como vontade um simples post no blog no qual eu declare o quanto são (e é, particularmente) especiais pra mim: muito! Ainda que muitas vezes nem dêem conta disso.

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles."

Vinícius de Moraes

Como se não bastasse dedicar um trecho de Vinícuis, deixo pra você uma canção da minha admirada Marisa. Com o destaque que ofertar a alguém minhas músicas prediletas é uma das minhas maiores demonstrações de carinho, assim, espero que goste: Gerânio - Marisa Monte

Resumindo: amo você com toda a intensidade que isso implica! De você, nem se eu quisesse eu fugiria... Até meus segredos você 'arranca'! E sabe me fazer sentir bem. Sua companhia, uma deliciosa surpresa da vida.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

E o palhaço quem é?

A falta de educação das pessoas pode ser impressionante e de constatação fácil. Experimente sair pelas ruas a pé e contar quantos motoristas te darão passagem ainda que você esteja na faixa de pedestres. Tente negociar com o grandalhão que mal chegou na fila e encontrou um conhecido lá na boca do caixa. Considere a hipótese de dar bom dia ao seu vizinho. Basta sair de casa que você verá um milhão desses exemplos clássicos, ou com um pouquinho mais de infortúnio, você nem precisará sair de casa, nem precisará desviar do espelho.
E sabe o que é mais gozado? Tem gente que sente orgulho disso, se não fosse assim a comunidade do Orkut "MiNHa edUcaSsãO dePeNDe dA ÇuA" não teria tantos membros. Não, gente, ser espertinho, ser bonzão, ser mal educado e dizer "não tô nem aí, ninguém paga minhas contas mesmo" não é engraçado. Não é legal tirar vantagem de tudo o tempo todo. E quando eu digo que não é legal, é porque não é mesmo, não estou dizendo legal no sentido de divertido, mas no sentido de legalidade. Esses proveitos geralmente vão contra alguma regra, alguma norma, alguma lei, são Ilegais.
Hoje, atrasada como sempre, estava ansiosa a espera do meu querido 9410, vinte minutos mais tarde ele vem, eu olho pro relógio e penso: "não vou atrasar para o trabalho de MDH", e ele veio, veio, veio, e adivinhem? Foi! Não, ele não parou! E não venha me dizer que o motorista não me viu escondida atrás do poste pra tentar driblar o sol no rosto, porque junto de mim tinham mais duas apontando os indicadores para a via expressa e abanando os braços. A não ser que ele tivesse uma bomba armada para explodir quando o velocímetro estivesse abaixo dos 50Km/h, ele não parou porque ele não quis, é simples! Mas tá, isso já aconteceu outras vezes, assim como hoje não foi a primeira vez que a atendente do trailer fez de conta que não tinha ninguém lá esperando para ser atendido, e não foi também a primeira nem a última que fiquei quarenta minutos no celular tentando cancelar um serviço que eu nunca solicitei. Mas tem dia que simplesmente não dá. Tem dias que eu me sinto nesse mundo como num circo, mas não, não tenho a menor vontade de rir.
Respeito: passe a diante!

Não estou me tornando uma pessoa amarga, mas me permito a expressão do que me dói.

sábado, 6 de novembro de 2010

Horácio: Maurício de Sousa



Ganhei esse quadrinho de presente de um colega do trabalho, lindo né?
Está disponível em: http://www.monica.com.br/index.htm

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pela fé

Pai nosso do fim de período

Milagroso seja neste semestre

Vem a nós as nossas férias

Seja feita a nossa vontade

Assim na night, como nos dias de sol

O ponto nosso de cada dia nos dai hoje

Perdoai as médias perdidas

Assim como os trabalhos não feitos

Não nos deixei cair na reavaliação

Mas livrai-nos do pau

Amém!



P.S.: esse não foi um post endereçado ao Professor Luis, como havia prometido. Mas se ele quiser interceder por nós, não me oponho.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Omegle

Essa semana fui apresentada ao website que coloca aleatoriamente anônimos em uma mesma janela para conversarem via chat. O site foi criado por um norte-americano de 18 anos, Leif K-Brooks, que mora em Brattleboro, Vermont, Estados Unidos. O Omegle começou a funcionar no dia 25 de Março de 2009 e tem o inglês como idioma oficial. Os nicks obrigatórios usados na conversa são You e Stranger, termo também empregado na descrição: talk to strangers. Internautas de todo o mundo se comunicam, mas são os chineses, suecos, holandeses, americanos e ingleses que dominam a página, segundo experiências e relatos de usuários da rede.
A princípio tentei usar como desculpa a regra de todas as mamães: “blá blá blá, e não converse com estranhos” para convencer meu colega de que não estava interessada na “novidade”. Mas não deu certo.
Strat a chat: Text or Video
Claro que eu não quis colocar meu rostinho lindo na rede, né?
De primeira me deparei com uma garota do Hawaii mais porra louca do que vilão de Malhação ID (hein?). Sério, dispirocadinha de tudo. Só não conversei com ela por muito tempo porque no meio da conversa descobri quase que sem querer o comando de Disconnect. Tadinha, mais tarde aprendi que receber um Disconnect era uma verdadeira vergonha.
Depois disso, um canadense e um japonês. E do último confesso que tive um certo medo, fiquei pensando se ele não podia burlar o sistema americano e obter todas as minhas informações, que sequer são necessárias para utilizar o site. Mas sabe como é né, ele era um japa, sei lá...
O canadense entra para o grupo formado por dois ingleses que me fizeram sentir na pele a afronta pela qual eu fiz passar a colega do Hawaii. Por três vezes eu tive que enfrentar a mensagem “Your conversational partner has disconnected”. Isso pode ser traumático na vida de um internauta!
Mas o intrigante mesmo é o fato de que nas três situações o temível Disconnect foi precedido pela minha confissão: I’m Brazilian. E aí eu fui entender porque os brasucas que dominam orkut, twitter e coisas do tipo, não estão nas estatísticas de usuários mais assíduos do site. Na hora eu pensei: “ahh, seu Lula, e você viajando para dar um up na imagem do Brasilzão lá fora”. Também fiquei imaginando as mães na gringolândia dizendo: don’t talk to strangers, especially brazilians!!! Eles devem obecer as mothers né? Quem mandou eu não obedecer a minha...
Pra quem quiser tentar: http://www.omegle.com/. Só tomem cuidado ao falar de coisas que denuciem sua identidade, como futebol, samba, mulata e do seu macaquinho de estimação – até porque você, assim como eu, tem um e não quer que um japoronga qualquer o sequetre via chat, né?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Intro

Sempre tem algo escondido na gente.
Seja uma qualidade, um defeito, um segredo, ou uns quilinhos a mais.
Mas que tem, tem.
O f(ch)ato é que ultimamente só tenho me deparado com velhas novidades.
Daí a necessidade de reinventá-las.
Será?

domingo, 17 de outubro de 2010

Mudar foi preciso

Estive pensando na lacuna que há entre meu último blog e esse. Quando Minutismo nasceu, eu sabia que não podia adotar o mesmo nome de sempre. Percebi que “Invisível aos Ouvidos” não servia mais, a frase que durante muito tempo eu sentia ser a melhor das minhas auto-descrições simplesmente não encaixaria agora. Os blogs de antes tinham em seguida do impacto que o título causava (pelo menos a mim) a seguinte descrição: expresse-se. se necessário, use a voz. E será que dá para calcular a distância que existe entre essa frase e a ‘mania de minuciar’? Podia ser a maior contrariedade de todas, e seria, se entre a última postagem de Invisível aos Ouvidos e a criação de Minutismo, eu não tivesse mudado tanto.

Obrigada, meu companheiro, mas o tempo passou e você já não me cabe mais: http://pitacoserascunhos.wordpress.com/

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

13 de Outubro: Dia do Fisioterapeuta

Para todos aqueles que buscam, através da ciência, manter a vida em movimento: parabéns!

Eu poderia deter-me a falar aqui do surgimento, da regulamentação, do conselho, da lei, da norma. Mas, sem ignorar a enorme importância da história e da prática legal da profissão, prefiro deter-me a falar do que faz de mim alguém a festejar a data.
Ser fisioterapeuta nunca havia sido um sonho, um plano, um projeto de vida. A fisioterapia apareceu como uma daquelas surpresas do acaso. Mais do que uma surpresa, um presente. Não recebido com bons olhos, a princípio, mas com uma mente aberta à novidade. É como se tivesse dado uma chance ao acaso... Quanta ignorância! Hoje sei que foi o acaso quem me presenteou. Bastou a mente aberta para entender a grandeza de toda essa enxurrada de conhecimento que tenho recebido diariamente nos últimos dois anos, foi mais do que suficiente um coração sedento para se apaixonar.
O Ser Fisioterapeuta é promovedor de qualidade de vida. É focado na saúde, não na doença. O Fisioterapeuta é movimento, função, amplitude, terapia, reabilitação, sinergismos e antagonismos, anatomia, avaliação, reavaliação, forame, origem, inserção, tubérculos e tuberosidades, desordem, disfunção, harmonia, controle, manipulação, estímulo, reflexo, recuperação, contração, concêntrica, excêntrica, fibras, cadência, mobilização, comportas, analgesia, crio, termo, ritmo, marcha, alongamento, fortalecimento, flexibilidade, dominância, biomecânica, sinapse, mais de 600 músculos, mais de 200 ossos, e mais, mais, muito mais. O Ser Fisioterapeuta é sensível, aberto, atento, observador, zeloso. É um toque preciso, ou muitas vezes um ouvido. É um ser que vê, sim, com os olhos, mas que enxerga com as mãos.
Ser fisioterapeuta é conhecer a fundo sua anatomia, e assim, não poder ser outra coisa além de Ser Humano – nas duas conotações. Quem conhece tanto de corpo, sabe que somos todos iguais. E por isso, o fisioterapeuta não é um ser divino, ao contrário, ele é humano, muito humano. E é isso que o move.

Sei que o caminho ainda nem começou, que a prática em muito se difere da teoria, que o principal, o contato com a diversidade de pacientes, ainda não chegou, mas eu aguardo ansiosamente. E enquanto essa hora não chega, vou dividindo a tensão antes das cabulosas provas e dos desesperadores interdisciplinares, com aquelas sem as quais a minha formação não seria a mesma: Gabi, Jequinha, Lah e Luh. Parabéns pra nós, amorzinhos!!!

domingo, 10 de outubro de 2010

O mal do meu bem

Desculpe-me, meu bem
Se eu já não sei
Se eu já não posso
Nem sequer, cumprir promessas

Desculpe-me, meu bem
Se lhe faltei com a palavra
E as atitudes de antes
Em muito se diferem dessas

Desculpe-me, meu bem
Se o nosso enlace enfraqueceu
Se a saudade sufocou
Se o meu lado já não é seu
E se, de longe, a distância ludibriou

Desculpe-me, meu bem
Se puder, se lembrar
Que não era esse o nosso plano
Que nada dito era engano
Nós só não soubemos sustentar

Desculpe-me, meu bem
Se as promessas foram feitas
De um alguém para outro quem
Que nós já não sabemos ser

Desculpe-me, meu bem
Se a maior verdade não vigorou
Se o maior sonho desgastou
E se de pobre a pobre rima até rimou

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

+1 = 19.636.335

A Onda Verde que invadiu o país, com destaque para o Distrito Federal e as capitais do ES e de MG, adia a decisão presidencial para o próximo dia 31. Não devia ser isso que Lula esperava quando sorriu e agradeceu Papai Noel ao saber da escolha do PSDB por Serra. E sendo conquista de Serra, ou não, os brasileiros terão mais tempo para suas análises e sua escolha final.
Neste quadro de segundo turno, as atenções parecem estar voltadas para a direção do apoio do PV. Em pronunciamento na noite deste domingo em São Paulo, Marina pediu que o partido fizesse uma plenária que incorpore, além dos militantes, "os núcleos vivos da sociedade". Segundo João Paulo Capobianco, há intelectuais e apoiadores de diferentes ramos que participaram ativamente da campanha e poderão ajudar a definir para quem será passado esse patrimônio conquistado pela Marina.
Mas embora o apoio do Verde para um dos candidatos finalistas seja um trunfo na manga, deve-se lembrar que os quase vinte milhões de eleitores que agora representam potencialmente a decisão, não foram levados, no primeiro turno, por coligações, e sim por uma terceira via na qual depositaram expectativas, e não acredito que serão agora. Eduardo Rombauer, fundador do Movimento Marina Silva, gerador do Twittaço e da Casa de Marina, descarta a possibilidade de declarar apoio a alguém. “Nós não temos que dizer em quem os membros vão votar, cada um é livre para escolher”, afirma. “Nesta semana nós já começamos outra campanha: Marina Silva presidente em 2014”.
Se, comparando às pesquisas, caiu a representatividade de Dilma e aumentou a de Marina, podemos dizer que houve um deslocamento de eleitores entre as candidatas? Se houve, qual caminho tomarão esses eleitores? Voltarão para onde estavam ou tomarão mais uma vez um novo caminho? Ou será que essa majoritariedade de Dilma não era tão real, e os eleitores que Marina arrebanhou na reta final, na verdade, nunca foram do 13?
O fato é que nem Dilma Rousseff nem José Serra, têm o perfil parecido com o de Marina Silva, e os marqueteiros terão trabalho de sobra se quiserem convencer os "marineiros" do contrário. Serra e Dilma terão que adequarem-se a um padrão mais jovem e mais sedento de renovação.
Sede de renovação foi o que mais me motivou a falar de política nessa campanha, saber que ainda há brasileiro capaz de acreditar e depositar suas forças mesmo depois de tanta frustração com o entra e sai de representantes corruptos. Porque não basta deixar "ficar como está já que não pode piorar" e chamar isso de protesto, apesar de toda a apatia da população, essa eleição mostrou ter gente que ainda acredita em mudança, um povo que de um em um tornou-se um quinto do eleitorado brasileiro.



Som da vez: Jack soul brasileiro - Lenine

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Que pena...



...acabou a propaganda eleitoral. Ah!

Mais um.

Parece que a graduação, o estágio, o grupo de controle motor, a submissão do projeto, a comissão e as aulas de inglês estão ocupando-me pouco, muito pouco.
Ainda sinto imensa necessidade dessa escrita fajuta.